O cenário político no Espírito Santo está sob a sombra das ambições do senador Magno Malta, presidente estadual do PL, cuja influência tem sido criticada por amarrar o tabuleiro eleitoral de base. Magno Malta joga conforme seus interesses políticos, hoje se colocando como principal liderança da direita no ES, apesar de já ter estado ao lado de Lula, Michel Temer e de Dilma Rousseff. Com o histórico de bloquear o crescimento de outras lideranças dentro do partido, Malta arrisca-se a ser visto como o coveiro do PL no estado após as eleições de outubro de 2024.
Um dos exemplos mais destacados foi sua atuação nas eleições de 2022, quando negligenciou o potencial do ex-deputado federal Carlos Manato, que quase venceu a eleição para governador. Malta, ao deixá-lo de lado no primeiro turno, demonstrou uma interferência que pode ter custado a vitória ao PL naquele pleito. Mais recentemente, em Cachoeiro de Itapemirim, sua intervenção direta na candidatura de Júnior Corrêa resultou na desistência deste último da disputa, além de sua saída do PL e filiação ao NOVO, evidenciando a insatisfação e a falta de espaço para diálogo político dentro do partido.
O Partido Liberal, sob a liderança nacional de Valdemar Costa Neto e a influência do ex-presidente Jair Bolsonaro, almeja consolidar-se como uma força política dominante no Brasil, mirando a eleição de mais de mil prefeitos. No entanto, no Espírito Santo, essa estratégia enfrenta obstáculos significativos devido à centralização de poder nas mãos de Malta, o que limita a emergência de candidaturas competitivas.
A dependência excessiva de figuras nacionais, como Bolsonaro, para garantir sucesso eleitoral pode não ser eficaz em um contexto regional tão específico como o capixaba. As dinâmicas políticas locais requerem lideranças fortes e autônomas, capazes de conectar-se organicamente com o eleitorado.
A falta de renovação e a promoção de candidatos sem forte apelo eleitoral e desvinculados das bases de direita podem comprometer seriamente as chances de sucesso do PL nas urnas em 2024.
Portanto, se Malta continuar a impor suas preferências políticas sobre o partido no Espírito Santo, o PL corre o risco de enfrentar um desempenho eleitoral decepcionante após as eleições de outubro.
A ausência de novas lideranças emergentes e a falta de uma estratégia eleitoral mais inclusiva podem resultar em um retrocesso significativo para o partido, contrastando diretamente com as aspirações nacionais de crescimento e influência política do PL.
(DA REDAÇÃO \\ Gut Gutemberg)
(INF.\FONTE: Wanderson Amorim \\ Notícias do ES)
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