A autonomia de carros elétricos sempre é motivo de polêmica. Por mais que as montadoras forneçam uma medida, órgãos especializados sempre divulgam outra — que geralmente é bastante inferior. E na prática, o que acaba sendo realidade é sempre algo entre esses dois números.
Já foi assim com a Cybertruck da Tesla e agora o BYD Dolphin, um dos mais baratos carros elétricos do Brasil, também teve um teste de durabilidade na estrada — e o resultado foi bem diferente da autonomia divulgada pela fabricante chinesa.
Segundo o teste feito pela revista Quatro Rodas, a autonomia do modelo em rodovias fica próxima a de 300 km com uma só carga. Para comparação, o Inmetro diz que o carro faz 291 km e a montadora diz que o carro faz 400 km.
Conforme o vídeo postado no Instagram da revista, o jornalista ainda desligou o ar condicionado quando a bateria ficou mais baixa, para evitar que o consumo fosse maior.
O trajeto foi feito no modo mais econômico de condução, onde o carro usa freios para regenerar parte da energia.
Não foi a única diferença de números
Se a autonomia diferente da oficial por quase 100 km não fosse o bastante, o teste da Quatro Rodas também mostrou que a potência do carregamento e a própria capacidade da bateria está diferente da informada pela BYD.
Ao carregar o Dolphin em um ponto de recarga comercial, o totem avisava que a carga estava a 66 kWh. Porém o manual do carro diz que a bateria carrega a no máximo 60 kWh.
A revista entrou em contato com a montadora chinesa para saber se houve alguma atualização de software, mas a BYD negou. Ou seja, o carregamento estava mais rápido do que o indicado, o que pode acarretar em uma série de problemas da vida útil da bateria.
Segundo a Quatro Rodas, a BYD não soube informar o motivo da bateria carregar mais rápido do que deveria.
(DA REDAÇÃO \\ Guth Gutemberg)
(INF.\FONTE: João Paes \\ MSN)
(FT.\CRÉD.: Internet \\ Divulgação)